Os volumes dos Anos Finais do Ensino Fundamental da coleção Diálogos na EJA estão organizados com base em eixos temáticos que tratam de assuntos importantes no universo da EJA. O eixo deste volume é Brasil: Identidade e diversidade, e está estruturado por componentes curriculares.
A Arte, como componente curricular, contribui para que os(as) estudantes interajam de forma crítica com a própria realidade. O contato com produções de diferentes culturas proporciona a ampliação de referenciais estéticos e possibilita o diálogo pluriétnico, muito importante no combate a estereótipos e preconceitos.
O componente curricular Língua Portuguesa organiza-se com base em uma concepção de linguagem (e de língua) como modo de interação entre sujeitos, construída, ao longo da história, com base em suas necessidades. A língua, portanto, é mais do que um conjunto de estruturas e regras: concretiza-se em práticas sociais, é parte de nossas identidades e nos permite elaborar visões de mundo.
Em Língua Inglesa, o livro o prioriza atividades que mobilizam os repertórios culturais dos(as) estudantes da EJA, com imagens, vídeos e textos digitais que potencializam o trabalho com multiletramentos. Há a priorização de temáticas interseccionais que centralizem a construção de discursos antirracistas, feministas, de combate a preconceitos contra pessoas LGBTQIA+ e a preconceitos de classe, com ênfase na defesa dos direitos humanos, especialmente das minorias sociais.
O espaço geográfico atual é caracterizado pela forte presença das tecnologias de comunicação e informação, pelo alcance global das práticas humanas e pela emergência ambiental que se impõe ao atual modelo econômico. À Geografia cabe a tarefa de permitir aos(às) estudantes compreender a complexidade dessas dimensões e seus impactos concretos na vida e nos territórios.
O ensino do componente curricular História na EJA tem como ponto central o diálogo com as realidades dos(as) estudantes, de modo que os conhecimentos a serem desenvolvidos os auxiliem a se reconhecerem como sujeitos históricos. É importante para o processo de aprendizagem a identificação deles(as) com aquilo que será estudado para que possam compreender melhor a realidade em que estão inseridos(as) e atuar nela de forma mais consciente.
A vivência de procedimentos de investigação, pesquisa e debate sobre temas práticos, tecnológicos ou socioambientais é um dos fundamentos do ensino em EJA, desde os Anos Iniciais. Com a metodologia da investigação, a aprendizagem de conceitos é mais facilmente contextualizada. Essa abordagem está presente em praticamente todos os capítulos.
Na pós-alfabetização, a Matemática é trabalhada com base no cotidiano dos(as) estudantes. Estão contempladas as seguintes unidades temáticas, que originaram as habilidades matemáticas indicadas ao longo dos capítulos: Números; Geometria; Grandezas e Medidas e Estatística.
O título Diálogos na EJA reflete a inspiração freiriana que orienta o trabalho pedagógico voltado às pessoas jovens, adultas e idosas. Para Paulo Freire, o diálogo é mais do que uma técnica de ensino: é o próprio caminho da emancipação e da construção da autonomia. Nessa perspectiva, dialogar é integrar-se criticamente ao mundo, questionar o que parece dado e reconstruir o conhecimento coletivamente. Logo, a obra Diálogos na EJA procura estimular o constante diálogo entre os(as) estudantes, tendo a heterogeneidade como caminho para a ampliação do trabalho pedagógico.
A proposta da Coleção também é adequada às necessidades de aprendizagem e de atendimento desses(as) cidadãos(ãs), considerando a educação como direito humano, de modo a garantir a equidade e a qualidade da aprendizagem. Desse modo, nosso foco no diálogo também se relaciona com a valorização do pensamento crítico.
